Para quem não conhece,
o Projeto Mucky é uma ONG e um órgão de utilidade pública que beneficia
primatas de diversas espécies, trabalho que vem realizando desde 1985, aqui
pertinho de Salto.
Trata-se de um
projeto único do gênero no Brasil, que socorre, recupera, mantém, pesquisa,
busca a procriação das espécies em risco e, mesmo considerando as incertezas de
sucesso, futuramente almeja reintegrar primatas à natureza.
Realiza também um
trabalho de combate ao tráfico de animais silvestres, através da educação
ambiental. O projeto vem beneficiando mais de duas centenas de primatas, tendo
como objetivos dar prosseguimento ao trabalho de assistência e manutenção dos
atuais primatas, bem como prosseguir com a recuperação daqueles que chegaram com
sequelas causadas devido a tratamento inadequado e estão impossibilitados de
reintegração; estimular a procriação em cativeiro das espécies em extinção
para futuro, repovoando as áreas; envolver a população com questões referentes à
ecologia, enfatizando a necessidade da conservação das diversas espécies de
primatas, através de publicações, seminários, cursos e elaboração de planos
de trabalho; possibilitar pesquisas para o emprego da medicina alternativa na
prevenção e tratamento das doenças dos primatas; formar profissionais com
metodologia diferenciada, visando manejo desses animais, etc.
O Projeto Mucky está
instalado numa área com 20.000m2, com 580m2 de área construída, na Rodovia Hilário
Ferrari, trecho entre a Fazenda Monte Belo e a Rodovia Dom Gabriel Paulino Bueno
Couto (Itu-Jundaí), na divisa dos municípios de Salto e Itu. Conta com 103
viveiros, enfermaria, cozinha para preparação dos alimentos dos saguis, espaço
para educação ambiental, sanitários para visitantes, espaço para lanches,
oficina e alojamento para ecovoluntários, 17 funcionários e diversos voluntários
que atuam nas mais diversas funções. A instituição conta ainda com a participação
de voluntários de diversas especialidades.
Vale destacar que em 1985, a publicitária Lívia
Maria Botar, hoje ambientalista, fundadora e coordenadora, recebeu Mucky e após
muito pesquisar, manter intercâmbio com especialistas e desenvolver uma
metodologia muito peculiar, resgatou muitos outros "Muckys". Em
1992, deu-se início ao processo de legalização junto ao IBAMA.
Para dar
continuidade a todo esse trabalho, o projeto está necessitando de ecovoluntários
e padrinhos, de modo que possa dar continuidade aos trabalhos e "entender
porque é importante pagar esse mico". E como já disse Victor Hugo
-"Primeiro foi necessário civilizar o homem em relação ao próprio homem.
Agora é necessário o homem em relação à natureza e aos animais". Mais
informações sobre a participação no projeto, contatos pelo tel. (11) 4023-0143.
Fonte: Jornal tapera
– Salto - SP
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